Não, não vou a Londres. Era óptimo, mas não vou. Mas foi como se fosse. Uma tarde de Domingo em Londres. Fui ver a peça no Teatro Aberto interpretada pela CARLA MACIEL. Só ela. Ela e nós, a plateia. Desta vez, fiquei na Sala Vermelha. Uma sala muito mais pequena (comparada com a Azul) e muito mais acolhedora. Logo aí, parecia que nos estávamos a envolver na história. Pelo que percebi, era mesmo a história da vida da própria actriz.
Ao princípio pensei que fosse um relato de uma viagem a Londres ou coisa do género. Mas não. Tudo começou com "A DOENÇA". O cancro do pai. O motivo da ida a Londres. Não uma Londres animada, mas uma Londres passada no Hospital. Hotel. Hospital. Com muitas peripécias e histórias pelo meio. Gostei particularmente da do "chá" de funcho :) naquele momento, apetecia-me mesmo beber aquele chá quentinho com cheirinho a funcho. Fiquei a saber que funcho em inglês é FENNEL.
E também gostei da história da amiga que queria ser actriz. Ela e a amiga passavam tardes a ver filmes a preto e branco. Daqueles antigos, com aqueles actores de época muito conhecidos. Tipo Lauren Bacall & Humphrey Bogart. Até passou um breve excerto de um dos filmes e tudo.
Gostei da ligação entre a interpretação e o cenário. Ela, ora escrevia no pc com o mote do que ia falar, ora voltava-se para a câmara onde interrogava e questionava sobre vários aspectos, ora mostrava as radiografias do pai... Enfim, fazia uma série de coisas em simultâneo, ao mesmo tempo que ia falando. Gostei muito.
Peça super pontual. Começou e acabou on time.
Peça profunda, que acaba por ser uma autobiografia emocionante e para reflexão.
LONDRES.
Recomendo.
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