Mais um artigo do Tiago sobre o Castanheiro-da-Índia!
Ora leiam :)
O nome científico da árvore
que dá o castanheiro-da-índia é Aesculus
hippocastanum L. Como curiosidade, o nome hippocastanum (“castanheiro de cavalo” em latim) deriva do facto dos
Turcos alimentarem os seus cavalos velhos com os frutos desta árvore. Assim, é
também designada por castanheiro-de-cavalo.
É uma árvore de folha
caduca, de belo porte e grande folhagem. Atinge até 30 metros de altura e, como
o castanheiro comum, vive muito tempo (até 300 anos). Os frutos são grandes,
rodeados de espinhos não muito duros, e contêm no interior entre uma a duas
sementes parecidas com as verdadeiras castanhas. É muito cultivada em Portugal
como árvore ornamental.
Para fins terapêuticos utiliza-se
principalmente as sementes. Os seus principais constituintes têm a capacidade
de actuar ao nível do sistema circulatório periférico.
Exercem uma forte acção
sobre o sistema venoso e sobre a circulação sanguínea em geral. São um
excelente tónico venoso aumentando o tónus da parede venosa, o que determina
que as veias contraiam e que diminua a congestão sanguínea, especialmente nos
membros inferiores. Consegue assim fortalecer e regenerar as células que formam
os finos canais ou vasos capilares, pelos quais circula o sangue no interior
dos tecidos.
Também têm uma excelente capacidade
protectora capilar, já que fortalecem as células que formam a parede dos vasos
capilares (endotélio), tornando-os menos permeáveis e aumentando a sua
resistência. Têm também acção anti-inflamatória e antiedematosa (combate a
formação de edemas) sobre as paredes dos vasos capilares. Também conferem uma
acção hemostática e adstringente. Com o fortalecimento das células que formam
os canais capilares, diminui a excessiva saída de líquidos dos capilares para os
tecidos.
Assim, a terapia com
castanheiro-da-índia é considerada efectiva para veias varicosas (varizes),
diarreia, febre, flebite (inflamação de uma veia),
hemorróidas e até em certos casos de aumento da próstata (sempre em conjugação
com outras plantas específicas). Existem ainda estudos científicos que suportam
a sua acção terapêutica no combate à insuficiência circulatória.
Um ponto interessante em
relação a esta planta consiste no facto desta ser reconhecida, pelo Federal
Institute for Drugs and Medical Devices da Alemanha, como efectiva no
tratamento da insuficiência venosa crónica.
O extracto de
castanheiro-da-índia é facilmente encontrado em ervanárias e lojas de produtos
naturais, apresentando-se sob a forma de pomada, cápsulas (comprimidos) ou xarope.
A dose diária recomendada é de 100 a 150mg por dia, sendo que, no caso do
xarope, se aconselha a toma de duas colheres de sopa de 2 a 3 vezes ao dia.
Esta planta é um excelente
protector e estimulante da circulação sanguínea e, principalmente, da circulação
periférica e de retorno.
Tiago Gonçalves Cabeleira
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