sábado, 19 de maio de 2012

A Saúde pela Natureza !

Esta semana, o Tiago escreve sobre o ginkgo biloba :)


GINKGO: O TÓNICO CIRCULATÓRIO


O ginkgo, também conhecido como Nogueira-do-Japão, tem como nome científico ginkgo biloba. Esta árvore pode atingir até 30 metros de altura e as suas folhas caducas, grossas e elásticas, são, desde jovens, divididas em dois lóbulos (duas partes). É uma planta originária da China, Japão e Coreia mas, actualmente, é bastante cultivada na Europa. Com fins terapêuticos utilizam-se as folhas da planta.

O EGB (extracto de ginkgo biloba) está standartizado para conter 24% de glicosídeos flavonóides denominados ginkgoflavonas (grupo de metabolitos secundários). Contém ainda proantocianidinas, rutina (vitamina P) e terpenos. São estes constituintes que conferem as principais características terapêuticas desta planta.

O EGB produz alterações vasoactivas arteriais e venosas que aumentam a perfusão tecidual e o fluxo sanguíneo cerebral. Os efeitos fisiológicos são atribuídos à capacidade do EGB de provocar vasodilatação arterial, inibir os espasmos arteriais, diminuir a permeabilidade capilar, reduzir a fragilidade capilar, diminuir a viscosidade do sangue e reduzir a agregação dos eritrócitos (glóbulos vermelhos).

Assim, apoiado em estudos científicos, os usos relatados do EGB incluem: o aumento da tolerância à hipoxia (falta de oxigénio nas células), a redução do edema e lesões na retina, a remoção dos radicais livres, o aumento da capacidade de memória e de aprendizagem, o aumento da capacidade de concentração, o aumento da fluidez do sangue, neuroprotector e a redução da progressão da demência.

De facto, após muita investigação, descobriu-se que, principalmente nos neurónios, o ginkgo exerce um efeito neuroprotector pelo facto de aumentar a taxa de sobrevivência dos neurónios, aumentar os valores de ATP (adenosina-trifosfato, responsável pelo armazenamento de energia) e aumentar a captação de oxigénio e glicose a nível cortical. O ginkgo tem ainda capacidade de regular os neurotransmissores, aumentando a libertação, a recaptação e o catabolismo da dopamina, adrenalina e acetilcolina (neurotransmissores).

O EGB padronizado está entre as plantas medicinais mais prescritas na França e na Alemanha, sendo neste último, recentemente aprovado para o tratamento da demência.

Tradicionalmente, o EGB é utilizado em casos de desgaste mental associado a trabalho excessivo, stress e é muito popular entre os estudantes, devido às suas capacidades estimulantes sobre a capacidade de concentração e de memória. É ainda muito utilizado em casos de cefaleias (dores de cabeça) e acufenos (zumbidos nos ouvidos).

Este suplemento pode ser facilmente encontrado em lojas de produtos naturais e ervanárias. Está disponível em cápsulas bebíveis e em comprimidos de toma oral. Usualmente, as cápsulas bebíveis são tomadas uma vez por dia em jejum, quando utilizado para as cefaleias ligeiras, aumento da capacidade de memória e concentração e diminuição do desgaste mental. Os comprimidos têm diversas posologias de acordo com a patologia apresentada. Para a demência utiliza-se entre 120 e 240mg divididos em duas tomas diárias. Para doença arterial e acufenos utiliza-se de 120 a 160mg diárias divididas igualmente em duas tomas. Para se notarem realmente os efeitos aconselha-se que a toma do EGB não seja inferior a 4 semanas.

Aconselha-se precaução para quem esteja a fazer medicação anticoagulante ou antiplaquetária devido à acção antiagregante plaquetária do EGB.

O ginkgo biloba é uma planta com diversas acções terapêuticas, tendo uma acção bastante efectiva e comprovada com largos estudos científicos e é utilizada largamente por todo o mundo com enorme satisfação por parte de quem a utiliza regularmente.



TIAGO GONÇALVES CABELEIRA (NATUROPATA)

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