O ginkgo, também conhecido como
Nogueira-do-Japão, tem como nome científico ginkgo
biloba. Esta árvore pode atingir até 30 metros de altura e as suas folhas
caducas, grossas e elásticas, são, desde jovens, divididas em dois lóbulos
(duas partes). É uma planta originária da China, Japão e Coreia mas,
actualmente, é bastante cultivada na Europa. Com fins terapêuticos utilizam-se
as folhas da planta.
O EGB (extracto de ginkgo biloba) está
standartizado para conter 24% de glicosídeos flavonóides denominados
ginkgoflavonas (grupo de metabolitos secundários). Contém ainda
proantocianidinas, rutina (vitamina P) e terpenos. São estes constituintes que
conferem as principais características terapêuticas desta planta.
O EGB produz alterações vasoactivas arteriais
e venosas que aumentam a perfusão tecidual e o fluxo sanguíneo cerebral. Os
efeitos fisiológicos são atribuídos à capacidade do EGB de provocar
vasodilatação arterial, inibir os espasmos arteriais, diminuir a permeabilidade
capilar, reduzir a fragilidade capilar, diminuir a viscosidade do sangue e
reduzir a agregação dos eritrócitos (glóbulos vermelhos).
Assim, apoiado em estudos científicos, os
usos relatados do EGB incluem: o aumento da tolerância à hipoxia (falta de
oxigénio nas células), a redução do edema e lesões na retina, a remoção dos
radicais livres, o aumento da capacidade de memória e de aprendizagem, o aumento
da capacidade de concentração, o aumento da fluidez do sangue, neuroprotector e
a redução da progressão da demência.
De facto, após muita investigação,
descobriu-se que, principalmente nos neurónios, o ginkgo exerce um efeito
neuroprotector pelo facto de aumentar a taxa de sobrevivência dos neurónios,
aumentar os valores de ATP (adenosina-trifosfato, responsável pelo armazenamento de energia) e
aumentar a captação de oxigénio e glicose a nível cortical. O ginkgo tem ainda
capacidade de regular os neurotransmissores, aumentando a libertação, a
recaptação e o catabolismo da dopamina, adrenalina e acetilcolina
(neurotransmissores).
O EGB padronizado está entre as plantas
medicinais mais prescritas na França e na Alemanha, sendo neste último,
recentemente aprovado para o tratamento da demência.
Tradicionalmente, o EGB é utilizado em casos
de desgaste mental associado a trabalho excessivo, stress e é muito popular
entre os estudantes, devido às suas capacidades estimulantes sobre a capacidade
de concentração e de memória. É ainda muito utilizado em casos de cefaleias (dores
de cabeça) e acufenos (zumbidos nos ouvidos).
Este suplemento pode ser facilmente
encontrado em lojas de produtos naturais e ervanárias. Está disponível em
cápsulas bebíveis e em comprimidos de toma oral. Usualmente, as cápsulas
bebíveis são tomadas uma vez por dia em jejum, quando utilizado para as
cefaleias ligeiras, aumento da capacidade de memória e concentração e
diminuição do desgaste mental. Os comprimidos têm diversas posologias de acordo
com a patologia apresentada. Para a demência utiliza-se entre 120 e 240mg
divididos em duas tomas diárias. Para doença arterial e acufenos utiliza-se de
120 a 160mg diárias divididas igualmente em duas tomas. Para se notarem
realmente os efeitos aconselha-se que a toma do EGB não seja inferior a 4
semanas.
Aconselha-se precaução para quem esteja a
fazer medicação anticoagulante ou antiplaquetária devido à acção antiagregante
plaquetária do EGB.
O ginkgo
biloba é uma planta com diversas acções terapêuticas, tendo uma acção
bastante efectiva e comprovada com largos estudos científicos e é utilizada
largamente por todo o mundo com enorme satisfação por parte de quem a utiliza
regularmente.
TIAGO GONÇALVES CABELEIRA (NATUROPATA)
Muito interessante!
ResponderEliminarA tendencia sera esta.O que e natural e bom.
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